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FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ

Destaques da Biblioteca de História das Ciências e da Saúde

 

Percorrendo Manuscritos: entre Langsdorff e D`Alincourt.

COSTA, Maria G. (org.). Percorrendo Manuscritos: entre Langsdorff e D`Alincourt. Cuiabá: Editora Universitária, 1993.

 

 

 

 

 

 

  

 

O fascínio exercido pela extraordinária figura de Langsdorff e daqueles que o acompanharam na célebre expedição que leva o seu nome, apresenta contornos de particular atração para os mato-grossenses. Tendo aportado em Cuiabá a 30 de janeiro de 1827, Langsdorff dedicou-se até março de 1828 ao estudo, descrição e revelação de grande parte da região e dos povos que aqui habitavam, representando todo este material um rico manancial para o estudo dos meios biológico e sociocultural do ambiente mato- 'grossense de 160 anos atrás.  A publicação do livro "Percorrendo Manuscritos entre Langsdorff e D'A- lincourt", organizado pela professora Maria de Fátima Gomes Costa, além de registrar informações a respeito da Expedição no seu período em Mato Grosso,traz à tona uma surpreendente revelação, envolvendo os trabalhos da "Comissão Estatística" chefiada pelo sargento-mor e engenheiro português Luiz D'Alincourt, com atribuições do Império para elaboração do "Mapa Estatístico de Mato Grosso" no período de 1823-1830, abrangendo, portanto, o período em que Langsdorff e sua expedição aqui se encontravam. Fruto de obstinada pesquisa no Arquivo Público de Mato Grosso e na seção de Manuscritos e Obras Raras da Biblioteca Nacional, pôde a professora Maria de Fátima revelar e comprovar que diversos apontamentos manuscritos em língua portuguesa, constantes dos documentos arrolados no Acervo da Expedição Langsdorff, dedicados às geografias econômica e física da região, até então atribuídos originalmente à Expedição, foram extraídos dos "TRABALHOS E INDAGAÇOES QUE FAZEM O OBJETO DA ESTATíSTICA DA PROVÍNCIA DE MATO GROSSO, FEITOS NO ANO DE 1826 PARA 1827" de autoria de Luiz D'Alincourt, que integra plenamente esta publicação em sua quarta parte. (Fred Müller)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Cidadania e trabalhadores: cocheiros e carroceiros no Rio de Janeiro (1870- 1906).

TERRA, Paulo Cruz. Cidadania e trabalhadores: cocheiros e carroceiros no Rio de Janeiro (1870- 1906). Rio de Janeiro: Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro, 2013.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O estudo de Paulo Terra sobre uma categoria de trabalhadores - Cocheiros e Carroceiros - proporciona um mergulho na vida carioca, da virada do século. Época de intensas transformações marcadas pela Abolição da Escravatura, Proclamação da República, grande imigração, pelos esforços industrializantes e, principalmente, pelo empenho da capital federal em vestir-se à europeia. Nesse processo a modernização dos transportes, com a introdução dos bondes elétricos que, paulatinamente, substituíram os movidos à tração animal, foi um capítulo importante. De mãos dadas com a modernização, empresas capitalistas, sobretudo inglesas, assentaram posições vantajosas no campo dos serviços públicos: água, iluminação e transportes. Para a categoria foi bastante mobilizadora a imposição de relações de trabalhos em bases capitalistas, onde o patrão foi substituído pela empresa, sem qualquer espaço para relações pessoais e negociações. Não foi coincidência que à Sociedade União Beneficente e Protetora dos Cocheiros criada em 1881 somou-se a Sociedade de Resistência dos Cocheiros, Carroceiros e Classes Anexas, fundada em 1906 poucos meses após o primeiro congresso operário brasileiro, ocorrido naquela cidade. Por outro lado, a indissociabilidade entre os meios de transporte e seus usuários explica a repercussão das paralizações e greves no conjunto geral da população que muitas vezes reagiu promovendo quebra-quebras. O livro de Paulo Terra, fruto de árdua pesquisa, bem ancorado em premissas teóricas condizentes, mas de leitura fácil, serve a muitos interesses inclusive àqueles que não são seu objeto principal, como a descoberta da hierarquia social do espaço urbano através do traçado das linhas de bonde, que se definiam pela especulação imobiliária e não pela demanda de concentração populacional. Sem dúvida alguma, sua leitura na conjuntura que vive o país, recentemente sacudido por mobilizações em todo território nacional em torno da questão do transporte urbano, impacta pela tomada de consciência de que há mais de cem anos o poder público permanece ausente na satisfação desta necessidade básica - ir e vir - da população brasileira. Pela esteira da Longa Duração o trabalho de Paulo Terra, historiador de ofício, coloca-se a serviço do presente. (lsmênia de Lima Martins – Prof. Emérita da UFF)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  

Plantas medicinais: entre o passado e o presente: a coleção de fármacos vegetais da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra (séculos XIX-XX).

CABRAL, Célia; PITA, João Rui; SALGUEIRO, Lígia. Plantas medicinais: entre o passado e o presente: a coleção de fármacos vegetais da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra (séculos XIX-XX). Coimbra: Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra, 2013.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra dispõe se um espólio museológico muito rico e com significativo interesse para a história das ciências, da farmácia e do ensino farmacêutico. Esta coleção foi substancialmente enriquecida sobretudo a partir dos anos 40 pelo então diretor do Laboratório de Farmacognosia, Prof. Doutor Aloísio Fernandes Costa. A obra que aqui se apresenta pretende mostrar o vasto espólio que em diferentes momentos da sua história e até hoje serviu e continua a ser suporte importante do ensino e investigação no domínio da farmacognosia, apresentando também inegável valor par a investigação e ensino no campo da história da farmácia e da história das ciências, bem como da museologia da ciência. Nesta obra incluímos alongas diversas dimensões e formatos contendo partes de plantas e seus metabolitos, uma colecção da E. Merck intitulada “Drogen-Lehrsammlung” e modelos botânicos didáticos do fabricante R. Brendel (finais do século XIX). (Au.)

 

 

 

 

 

 

 

 

 
  

 

 

 

Cuiabá: rio, porto, cidade.

COSTA, Maria de Fátima, DIENER, Pablo. Cuiabá: rio, porto, cidade. Cuiabá: Secretaria municipal de cultura, 2000.

 

 



 

 

 

   

   

“Este catálogo apresenta” a possibilidade de um contato mais íntimo com a história deste rio, que durante mais de duzentos anos foi a principal via de comunicação e comércio entre Mato Grosso e o centro político-administrativo do país. A concepção deste Museu não é a de um espaço que se mantenha estático, onde apenas se guardam peças antigas, mas sim a de um local que abriga as mais diferentes formas de representação cultural; um meio atuante; contextualizado, um organismo vivo em diálogo constante com a comunidade e o mundo; um campus de investigação. O Museu do Rio Cuiabá Hid Alfredo Scaff, oferece ao visitante, seja ele, turista, estudante, pesquisador e a população em geral, um acervo em constante ampliação de documentação escrita, iconográfica, cartográfica, objetos e demais expressões culturais produzidas pelo homem mato-grossense ou pelos viajantes que visitaram a região. A necessidade de se ver e à sua circunstância é o ponto de partida para o reconhecimento do indivíduo como sujeito e ser social. Dessa observação nasce a reflexão, ato propiciatório do conhecimento. Erudição se importa para uma região. Mas, acreditamos que a região só se conhece quando capaz de expressar o reconhecimento da sua própria cultura. (Au.)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  


Taunay viajante: construção imagética de Mato Grosso.

CASTRILLON-MENDES, Olga Maria. Taunay viajante: construção imagética de Mato Grosso. Cuiabá: EdUFMT, 2013.

 

 

 

 

 

 

 

 

Este estudo, que agora ganha forma de livro, é um gentil convite à reflexão. Olga Maria Castrillon-Mendes nos apresenta a Alfredo D'Escragnolle Taunay (1843-1899), o futuro visconde de Taunay, na sua relação política, literária e artística com o Império Brasileiro, tendo como pano de fundo as terras sul-mato-grossenses, hoje Mato Grosso do Sul. Para tanto, nos leva a acompanhá-lo na viagem que realizou, enquanto membro do batalhão de engenheiros, até a fronteira com o Paraguai, no momento em que ganhava corpo o conflito bélico, conhecido como Guerra da Tríplice Aliança, que uniu o Brasil, a Argentina e o Uruguai contra o Paraguai. Ao contar esse feito, com uma ágil e segura escrita, a autora, a cada página, desvela-nos o militar, o viajante e o literato contido neste singular personagem e vai delineando a maneira como essas facetas foram-lhe sendo construídas, em trânsito e em combate. Seu interesse é o de mostrar como a viagem que levou o jovem Alfredo a Mato Grosso - então com 22 anos - e a sua presença no cenário da guerra, agiram sobre ele de maneira transformadora, deixando-lhe marcas indeléveis, que vão influenciar sua obra e, através dela, a nascente literatura brasileira.  (Au.)